9Incidência
IX - Doença Diverticular |
Forma correta de citar esta página: COSTA E SILVA, I.T. Doença Diverticular: Incidência. Módulos de Coloproctologia. Disciplina de Cirurgia do Sistema Digestório, Órgãos Anexos e Parede Abdominal (CISDOAPA). Universidade Federal do Amazonas. Disponível em: <https://cisdoapa.ufam.edu.br/modulos/coloproctologia/modulo-ix/incidencia-9.html>. Acesso em: 16/8/2019. |
A doença diverticular do colo é incomum em indivíduos com menos de 45 anos de idade e sua incidência aumenta exponencialmente nas faixas etárias mais elevadas. Alguns pacientes citam história familiar de doença diverticular. Há uma leve preponderância da afecção entre as mulheres. A distribuição geográfica da afecção é predominante no Ocidente e nos povos com estilo de vida ocidental, ou que passaram a adotá-lo. Sendo assim, não era muito observada entre japoneses habitantes do Havaí, mas ultimamente tem-se notado um aumento da incidência da moléstia entre os mesmos, provavelmente reflexo da mudança de seu hábito alimentar, que migrou de uma dieta baseada em peixes e rica em fibras, para uma dieta tipicamente ocidental, rica em carboidratos refinados e pobre em fibras. O mesmo tem sido relatado na África do Sul. Por outro lado, no próprio continente africano, há povos onde virtualmente a doença é desconhecida e em que a dieta é ricamente baseada em fibras. Quando estudado o tempo de trânsito cólico de estudantes de primeiro grau ingleses em comparação com habitantes ugandenses de mesma faixa etária, observou-se que os ugandenses apresentavam um trânsito intestinal duas vezes mais acelerado, fruto da dieta rica em fibras que obedeciam. Acredita-se que as fezes volumosas e hidratadas apresentadas por indivíduos sob uma dieta rica em fibras evitem a segmentação excessiva do colo e sirvam como prevenção quanto ao desenvolvimento da doença diverticular. Há relatos na literatura de estar havendo, em alguns centros, uma diminuição do número de internações de casos de doença diverticular complicada em relação a anos anteriores, indicando, muito provavelmente, que esta mudança de padrão de comportamento da moléstia se deva ao fato da população ocidental estar mais consciente da importância da fibra não processada como alimento e estar ingerindo a mesma em quantidades terapêuticas. No mundo inteiro, a doença diverticular incide mais frequentemente no colo esquerdo, principalmente no sigmoide. No Japão, na Coreia, na China e na Malásia, no entanto, a doença diverticular incide duas vezes mais no lado direito do colo do que no esquerdo. Curiosamente, vem-se observando no Japão um aumento de casos de doença diverticular em ambos os lados do colo, provavelmente reflexo da adoção do estilo de vida ocidental naquele país. |
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