8Prognóstico
VIII - Doenças Inflamatórias Intestinais - Retocolite Ulcerativa Idiopática |
Forma correta de citar esta página: COSTA E SILVA, I.T. Doenças Inflamatórias Intestinais: Retocolite Ulcerativa Idiopática. Prognóstico. Módulos de Coloproctologia. Disciplina de Cirurgia do Sistema Digestório, Órgãos Anexos e Parede Abdominal (CISDOAPA). Universidade Federal do Amazonas. Disponível em: <https://cisdoapa.ufam.edu.br/modulos/coloproctologia/modulo-viii/prognostico-8.html>. Acesso em: 16/8/2019. |
Prognóstico |
Acima de 80% dos pacientes com RCUI apresentarão mais de uma crise da doença com intervalos de remissão de alguns meses a vários anos. Cerca de 10 a 15% dos pacientes colíticos apresentarão a forma crônica ativa da doença e nunca se verão livres da mesma a não ser que sejam submetidos a tratamento cirúrgico curativo. Outros apresentarão uma primeira crise fulminante, que exigirá uma colectomia de urgência. E outros, ainda, poderão apresentar um única crise da doença em toda a sua vida. Quanto maior a extensão da doença no colo, maior a probabilidade das crises se repetirem ou manterem-se. Pacientes com RCUI possuem um risco maior do que a população geral de desenvolver câncer do intestino grosso, que varia, de acordo com algumas casuísticas de 3 a 45%. O risco de transformação maligna na RCUI é tanto maior quanto menor for a idade de instalação da doença no indivíduo, quanto mais difusamente a colite distribuir-se no colo, quanto mais grave for o primeiro surto da doença e quanto mais longo for seu período de seguimento (incidências muito elevadas em pacientes com RCUI diagnosticadas há mais de 30 anos). São características do câncer que se desenvolve em pacientes com RCUI: lesões cancerosas sincrônicas são comuns; tendem a ser infiltrativos, altamente agressivos e mal-diferenciados; em geral são descobertos em estágio avançado; acompanham-se de mau prognóstico. Sendo assim, pacientes com RCUI de longa duração (mais de 8-10 anos) necessitam acompanhamento colonoscópico, preferivelmente anual. Biópsias múltiplas devem ser feitas a cada 10 cm e sobre lesões suspeitas. Se não for descoberto sinal algum de displasia, outra colonoscopia será marcada para dentro de um ano. Se displasia grave for encontrada, o paciente deverá ser encaminhado para colectomia profilática. Se displasia discreta for encontrada, novas biópsias deverão ser realizadas após algumas semanas. Se a displasia for confirmada, o paciente deve ser encaminhado para tratamento cirúrgico. Se não for confirmada a displasia, nova colonoscopia deve ser agendada para dentro de 6 meses. |
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