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4Quadro Clínico

Publicado: Terça, 13 de Agosto de 2019, 17h50 | Última atualização em Domingo, 18 de Agosto de 2019, 15h12 | Acessos: 26

IV - Abscesso-Fístula Anal

Quadro Clínico

Forma correta de citar esta página:

COSTA E SILVA, I.T. Módulo IV: Abscesso - Fístula anal - Quadro Clínico. Módulos de Coloproctologia. Disciplina Cirurgia do Sistema Digestório, Órgãos Anexos e Parede Abdominal. Universidade Federal do Amazonas. Disponível em: <https://cisdoapa.ufam.edu.br/modulos/coloproctologia/modulo-iv/quadro-clinico-4.html>. Acesso em: 18/8/2019.
Abscesso perianal
   Dor, calor, rubor, aumento de volume na região do espaço perianal (isquioanal), em geral, nos quadrantes posteriores ou laterais, e dificuldade para andar e sentar. Febre e sintomas de comprometimento do estado geral não são comuns. A flutuação central (amolecimento à palpação) da lesão é precoce. A defecação é incômoda, mas suportável. Rir, chorar, tossir, sentar-se sobre a lesão, ou até mesmo andar, costumam ser atividades muito dolorosas

Abscesso Isquiorretal
   Dor paraanal ou de localização imprecisa no períneo, tenesmo, febre, e queda do estado geral. No início, um discreto endurecimento cutâneo paraanal é notado, que se acentua e pode ocupar toda a pele que reveste um ou ambos os espaços isquiorretais (em caso de disseminação contralateral da infecção, com a formação de abscesso em ferradura), com sinais flogísticos. A flutuação central da lesão é tardia. A defecação é moderadamente dolorosa. A drenagem espontânea da lesão é incomum, mas, quando ocorre, os sintomas regridem parcialmente.

Abscessos Interesfinctérico e Submucoso
   Dor intra-anal com tenesmo e febre e comprometimento do estado geral num paciente ansioso, porque o menor movimento exacerba seus sintomas. A defecação é extremamente dolorosa. Ocasionalmente pode haver a sensação de ânus úmido, por saída de pus pelo orifício anal. Externamente, o paciente ou o examinador nada conseguem detectar.

Abscesso supralevantador (ou pelvirretal)
   Nos secundários a um abscesso interesfinctérico que ascendeu para o espaço supralevantador, os sinais e sintomas serão inicialmente os próprios dos abscessos interesfinctéricos. Dor pélvica poderá, na evolução, surgir e ser acompanhada de tenesmo.
   Nos secundários a processos supurativos intra-abdominais que chegam ao espaço isquiorretal após perfurarem o peritônio pélvico, penetrarem no espaço pelvirretal e perfurarem a musculatura levantadora do ânus, seu comportamento é semelhante ao do abscesso isquiorretal, com os pródromos da afecção intra-abdominal que motivou o abscesso (Apendicite Aguda Supurada, 
Salpingite Aguda, Diverticulite, etc.).

   Em todos os abscessos, pode existir história de supuração anal semelhante no passado, com drenagem espontânea ou profissionalmente provocada, o que denota ter havido processo de fistulização da coleção purulenta. Nos abscessos em que a pele peri e paraanal encontra-se íntegra, pode existir história de saída de pus pelo canal anal, advindo do orifício criptoglandular doente (formação de fístula em fundo cego com drenagem interna apenas). Daí a tendência atual de considerar abscessos e fístulas anais tão-somente uma doença, que pode ser observada clinicamente em duas fases: na de abscesso ou na de fístula.

Fístulas

   Pacientes com fístulas, em geral, referem história pregressa de um ou mais abscessos anorretais mal-resolvidos. Tais fístulas caracterizam-se pela saída intermitente de pus pelo seu orifício externo, com sintomas de ânus úmido. São sentidas como cordões teciduais endurecidos que se dirigem para o orifício anal. Não costumam comprometer o estado geral do paciente, a não ser em indivíduos que possuem fístulas secundárias a doenças sistêmicas (Doença de Cröhn, Tuberculose, AIDS, etc). Podem permanecer quiescentes por meses a fio até abscederem novamente e drenarem pus para o exterior. Nas fístulas em fundo cego, em geral interesfinctéricas altas (que ascendem no espaço interesfinctérico), os sintomas costumam ser os de recidiva do abscesso interesfinctérico.

 

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