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3Etiologia

Publicado: Terça, 13 de Agosto de 2019, 11h39 | Última atualização em Sábado, 17 de Agosto de 2019, 00h10 | Acessos: 33

Módulo III - Fissura Anal

Etiologia

Forma correta de citar esta página:

COSTA E SILVA, I.T. Fissura Anal: Etiologia. Módulos de Coloproctologia. Disciplina de Cirurgia do Sistema Digestório, Órgãos Anexos e Parede Abdominal (CISDOAPA). Universidade Federal do Amazonas. Disponível em: <https://cisdoapa.ufam.edu.br/modulos/coloproctologia/modulo-iii/etiologia.html>. Acesso em: 16/8/2019.

 
  Crianças - Em crianças, a fissura anal geralmente está associada à constipação intestinal. O bolo fecal, volumoso e endurecido pelo ressecamento, esgarça a pele da região posterior do canal anal. Neste local, a pele está intimamente aderida ao esfíncter interno e não cede facilmente à passagem do conteúdo fecal calibroso.

  Adultos - Em adultos, em geral, não se consegue apontar uma causa que possa ser isoladamente responsável pelo aparecimento de fissuras anais. Ainda assim, o parto normal tem sido responsabilizado pelo aparecimento de fissuras anais em mulheres, bem como as cicatrizes que redundam do trauma perineal do parto normal (cujas feridas, após sofrerem retração cicatricial, provocariam o acolamento anormal da submucosa anterior do canal anal à musculatura subjacente). Estas duas eventualidades explicariam a maior predisposição das mulheres para fissuras anais anteriores.

   Da mesma forma que nas crianças, a constipação intestinal também tem sido responsabilizada pelo surgimento de fissuras anais em adultos de ambos os sexos, produzindo fissuras anais posteriores por trauma sobre aquela região do canal anal.

   A diarréia  tem sido igualmente implicada na gênese de fissuras anais pela acidez das fezes eliminadas, com produção de erosões cutâneas superficiais que evoluem para fissuras.

   A história de doenças anais prévias tem sido levantada em muitos pacientes portadores de fissura anal. Provavelmente, a retração tecidual que resulta da cicatrização de feridas anais outrora existentes fixa localmente o canal anal (por acolamento tecidual fibrótico), tornando a pele adjacente vulnerável ao rompimento caso seja demasiadamente estirada (especialmente pela passagem de fezes duras e volumosas).

   Traumatismos anais pela introdução de corpos estranhos no canal anal, seja com finalidades terapêuticas (termômetros, supositórios, bicos de dispositivos para lavagem intestinal, etc.), seja para fins eróticos, ou por acidente (empalamento, queda a cavaleiro) são descritos como causa de fissuras anais.

   O tônus elevado de repouso do músculo esfíncter interno do ânus tem sido responsabilizado pelo aparecimento de fissuras anais em determinados indivíduos. Neles, o ânus estaria submetido normalmente a uma força maior de fechamento, que se oporia à passagem de fezes mais volumosas. Estando a pele de revestimento do canal anal ajustada anatomicamente para conviver com este canal de menor calibre, não suportaria dilatações maiores do que a que está acostumada a permitir para a eliminação fecal. Fezes volumosas então, ao serem eliminadas em canais anais de indivíduos com hipertonia esfinctérica interna, romperiam o tegumento por estiramento demasiado e provocariam o aparecimento de fissuras anais. 

 

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