10Indicações
Indicações |
|
As jejunostomias, em geral, são utilizadas como via de aporte de nutrientes para o trato digestivo, quando, por alguma razão, a via oral não está disponível ou não é suficiente para promover o balanço nitrogenado positivo. No caso dos estomas mais utilizados em coloproctologia, no entanto, as razões de sua construção são: descompressão de obstruções, desvio de resíduos digestivos com finalidade de proteção de suturas feitas a jusante, exteriorização de lesões traumáticas do colo não-preparado e com finalidades higiênicas.
A descompressão de obstruções distais do intestino é realizada com estomas em alça ou estomas terminais em duas bocas, tanto ileostomias como colostomias. No caso de estomas em duas bocas, a distal não pode ser fechada sob perigo de se causar a síndrome da alça cega. Nesta síndrome, o segmento intestinal fechado proximalmente à área de obstrução, por dificuldade de esvaziamento por causa da obstrução, cursa com estase de material fecal, superpopulação bacteriana e consequente superinfecção. Há então perigo de deiscência de sutura da boca intestinal fechada com extravasamento de conteúdo cólico para o interior do abdome.
Os estomas construídos para desviar o trânsito dos resíduos digestivos são, em geral, destinados à proteção de anastomoses intestinais feitas a jusante da área derivada. Podem ser em alça (tomando-se alguns cuidados na sua confecção para evitar que os resíduos expelidos pela boca aferente não penetrem a eferente e prossigam no trajeto que se quer desviar) ou terminais. No caso de estomas terminais, a boca proximal é exteriorizada enquanto a distal é fechada e devolvida para o interior da cavidade abdominal. Toda a vez que se tem dúvidas quanto à impermeabilidade ou viabilidade de uma anastomose cólica é prudente que o trânsito fecal seja desviado para evitar a possibilidade de sepse abdominal.
Em casos de lesões traumáticas lacerantes, contundentes, pérfuro-contusas ou corto-contusas do colo não preparado, pode-se simplesmente exteriorizar a lesão sob a forma de um estoma após lavagem copiosa da cavidade abdominal.
Em pacientes quadriplégicos ou confinados ao leito com doenças incapacitantes, uma colostomia, em geral terminal na fossa ilíaca esquerda, pode ser eleita como forma de facilitar o controle de excretas fecais e a higiene do paciente. |
|
Redes Sociais