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10Cuidados

Publicado: Terça, 13 de Agosto de 2019, 22h00 | Última atualização em Domingo, 18 de Agosto de 2019, 21h00 | Acessos: 45

X - Estomas Intestinais - Noções

Cuidados

Forma correta de citar esta página:

COSTA E SILVA, I. T; PEREIRA, R. E.; CARDOSO, M. V. C.; MEDEIROS, D. B. Módulo X: Estomas intestinais - Noções. Cuidados. Módulos de Coloproctologia. Disciplina de Cirurgia do Sistema Digestório, Órgãos Anexos e Parede Abdominal. Universidade Federal do Amazonas. Disponível em: <https://cisdoapa.ufam.edu.br/modulos/coloproctologia/modulo-x/cuidados-10.html>. Acesso em: 16/8/2019.

   Os cuidados adequados para com um estoma iniciam-se no pré-operatório com a escolha do local apropriado para posicioná-lo. Uma área circunferencial de 5 cm de pele lisa deve existir em torno do estoma, que deve então ser posicionado longe de proeminências ósseas, pregas cutâneas, cicatrizes e orifícios de drenos. O local escolhido deve ser testado no pré-operatório com o paciente sentado, deitado,  ereto e inclinado a fim de se perceber a estabilidade futura do dispositivo de contenção. Em geral, a maioria dos estomas são colocados a meio caminho entre a linha imaginária que une o umbigo e a espinha ilíaca ântero-superior, de um lado ou de outro do abdome.

“Triângulo do estoma”, na parede abdominal anterior.

   Uma técnica cirúrgica adequada é importante para construir estomas de fácil manejo no pós-operatório. As ileostomias, por darem vazão a efluentes mais líquidos devem ser construídas de forma a formarem um esporão saliente de 3-5 cm de comprimento. O esporão saliente é facilmente ajustado no interior de bolsas de contenção de efluentes, não entrando em contato com a pele. Nas colostomias, principalmente as do lado esquerdo, os estomas podem ser construídos rente à pele, pois o material por eles exonerado costuma ser sólido.

   Os resíduos alimentares e digestivos excretados pelos estomas deverão ser coletados por dispositivos adequados para tal fim, que atualmente são vários e de qualidade comprovada. Compõem-se de bolsas coletoras drenáveis ou não, de uma ou duas peças, com seus acessórios. São feitas de plástico antiodor, não tóxico, hipoalergênico transparente ou opaco. Tais bolsas possuem um adesivo para acolamento na pele em torno do estoma que deve ser hipoalergênico e de alta adesividade, devendo ter capacidade para manter-se no local por no mínimo 24 h.

   As bolsas mais adequadas possuem barreiras protetoras de pele feitas de resina mista ou sintética que impedem que os adesivos das bolsas ou as fezes entrem em contato com a pele em torno do estoma e a irritem.

   As bolsas fechadas prestam-se mais a estomas que eliminam fezes sólidas (sigmoidostomias) enquanto que as drenáveis para estomas cujo efluente é líquido (ileostomias). O sistema de duas peças compõe-se de uma placa feita de resina hipoalergênica que contém um flange (anel saliente de encaixe) ao qual é acoplada a bolsa fechada ou drenável. Neste sistema, a placa fica aderida à pele periestomal por até 7-10 dias, conforme o cuidado esmerado do paciente. As bolsas são trocadas por acoplamento e desacoplamento no flange da placa na frequência necessária ou desejada. Tal sistema permite que a pele periestomal seja menos traumatizada, uma vez que não há necessidade de descolar a placa da pele todo dia.

   Muitos são os acessórios atualmente disponíveis para emprego nos cuidados para com os estomas. Filtros para eliminação de maus odores, cinto elástico ajustável, presilha para bolsas drenáveis, tela protetora de tecido sintético para evitar o acolamento da bolsa plástica à pele, tampões oclusores de estomas,  discos para formação de convexidades entre o estoma e a pele, sistema de irrigação de colostomia, pós e pastas de resinas sintéticas para tratamento de dermatites são alguns dos acessórios disponíveis, úteis para o cuidado adequado dos estomas.

 

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